terça-feira, 30 de setembro de 2008

Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná

A história da Escola Técnica da UFPR é ainda mais antiga que a da Universidade mais antiga do Brasil - a UFPR - fundada em 1912 com o nome de Universidade do Paraná. Tendo como primeiros cursos: direito, odontologia, engenharia, farmácia e medicina. A UFPR funcionou como Faculdades isoladas até 1946 e foi federalizada em 1950, passando a ser uma instituição pública e a oferecer ensino gratuito.
A Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná, foi criada em 1869 e pertencia à antiga Colônia Alemã de Curitiba; seus fundadores Gottlieb Mueller e Augusto Gaertner eram sócios do Verien Deutsche Shule. Até 1914, o estabelecimento chamou-se Escola Alemã, depois Colégio Progresso.
Em 1941, a então Academia Comercial Progresso, foi adquirida pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, sendo autorizada a funcionar sob a denominação Escola Técnica de Comércio anexa à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná.
Em 22 de janeiro de 1974, o Conselho Universitário decidiu integrá-la a UFPR como órgão suplementar e a partir de 1986, ela passou a ser denominada Escola Técnica de Comércio da Universidade Federal do Paraná.
A partir de 14 de dezembro de 1990, ao aprovar a reorganização administrativa da UFPR, o Conselho Universitário alterou a sua denominação para Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná, vinculando-a à Pró-Reitoria de Graduação e em novembro de 1997, por decisão deste mesmo conselho foi classificada como unidade da UFPR.




http://www.et.ufpr.br/


Escola Alemã/Colégio Progresso

Ao lado da praça 19 de dezembro, estava localizada a Escola Alemã/Colégio Progresso, mais conhecida como Deutsche Schule e considerada, a mais antiga escola de Curitiba. Muitas crianças de ascendência germânica eram matrcilaudas nas escolas particulares da colônia alemã, escolhidas pelos pais de acordo com sua religião. Os evengélicos-luteranos davam preferência à Escola Alemã que muitos haviam frequentado. Foi no ano de 1869 que a Deutsche Schule foi criada, com o objetivo de mantes na futuras gerações os costumes e a língua de seus antepassados. Nos primeiros anos de sua existência, a escola criada pela Comunidade Evangélica de Curitiba funcionou de maneira irregular e em locais improvisados, principalmente na casa do pastor e na Igreja. O número crescente de matrículas exigia um local com um melhor espaço físico, e que oferecesse condições para a prática do ensino. Em julho de 1892, a escola desvinculou-se da Igreja e passou a ser administrada por um asociedade de ensino, a Verein Deutsche Schule.


Durante a Segunda Guerra Mundia, a Escola Alemã foi totalmente depredada. Terminando o conflito, a comunidade germânica custeou os reparos e solicitou a reabertura do colégio. Em outubro de 1919, quando a solicitação foi aceita, o número de matrículas havia diminuído consideravelmente, pois muitos de seus alunos já tinham ingressado em outras escolas. Em 1929, a Escola Alemã/Colégio Progresso tentava superas as dificuldades e se dar a ver como ums instituição que desempenhava uma nobre missão preservanso suas tradições para as futuras gerações. Adquiria um conjunto de treze lotes próximos à sede, cujo espaço era usado para práticas esportivas, e criara o curso ginasial totalmente em português, sendo a primeira escola "alemã" a conseguira tal autorização no Brasil.


No que se refere ao material didático-pedagógico, a escola dispunha de amplos recursos, incluindo o audiovisual (projetores cinematográficos). Em 1930 a Escola Alemã/Colégio Progresso, o ensino era ofertado de maneira diferente das outras escolas. Pela manhã era ofertado um curso em língua alemã, e a tarde, o mesmo espaço era ocupado pelo ginásio, dirigido pelo professor Fernando Moreira.


Com o passar dos anos, a legislação foi impondo limites e exigindo o ensino na língua nacional. A Escola Alemã foi obrigada a reformular suas práticas escolares, caracterizadas até então pela manutenção da cultura alemã. Mesmo que alguma readaptações tivessem sido realizadas nesse sentido, ela desestruturou-se. No desenrolar deste processo, ela foi desapropriada e seu edífico escolar foi demolido, na primeira metade da década de 1940.